domingo, 18 de dezembro de 2011

Feliz Natal a tod@s!

Crisma 2011

Olá nobres visitantes, esse ano tivemos uma linda turma de catequesandos que se crismaram, receberam os dons do Espírito Santo e juntos fizemos uma linda celebração. A crisma é uma data importante porque temos a presença do Bispo, autoridade máxima na nossa diocese, foi muito bom ver que nossos catequisandos compreenderam o sentido daquilo que estava sendo celebrado e a importância do sacramento que receberam. Desejamos que todos vocês possam vivenciar no dia a dia aquilo que aprenderam na catequese, que sejam testumunhas para aqueles que ainda não compreendem a importância dessa formação e preparação.








sábado, 1 de outubro de 2011

O que significa o 666?


A data de 06-06-06 fez surgir muitas perguntas sobre o 666 do Apocalipse de São João. O que ele significa? Os católicos não podem se deixar levar pelas superstições que se originaram ao redor desta data. Para não ser enganado é preciso saber o que os números representavam para os antigos judeus. Por exemplo, os 144 mil eleitos (Apocalipse, cap. 14): é o povo cristão, que não aderiu ao culto imperial, permanecendo fiel a Cristo. 144.000 = 12 x 12 x 1000. O número 12 era símbolo da perfeição e é citado 187 vezes na Bíblia. O número 1000 representava a glória de Deus.
O simbolismo do 666 é claramente interpretado pela Igreja. A mentalidade judia afirmava que o número 7 significava a perfeição e o contato com Deus, e o que estava abaixo era imperfeito, de modo que o número 6 era sinal de imperfeição, erro. Temos por exemplo os 7 Sacramentos, os 7 dons do Espírito Santo, as 7 dores de Virgem Maria e de São José, etc; é um número símbolo de perfeição. O número 6 repetido quer dizer "perfeição da maldade" e o autor do Apocalipse identifica a besta com o 666, fala desta como de vários personagens ou de alguém que perseguia os cristãos dessa época.
É bom lembrar que o Apocalipse foi escrito no final do séc. I (95 d.C), em grego, e tinha como destinatário as comunidades cristãs da Ásia Menor (Ap 1,4; 2,1-3,22) que falavam o grego. Nessa época, esta região estava sob o domínio do Império Romano e o Cristianismo era duramente perseguido pelo terrível imperador Domiciano (81-96 d.C). Este imperador se considerava um deus e exigia que todos os seus súditos o adorassem, o que os cristãos jamais aceitaram.
São João, assim, escreve o Apocalipse, divinamente inspirado, e proclama que, no final, o Cristianismo sairá vencedor. Querendo dizer quem era a Besta, sem poder falar claramente para não ser acusado de crime de "lesa majestade" (estava desterrado na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus - cf. Ap. 1,9). De maneira que o apóstolo fez uso da gematria, que consistia em atribuir um número formado pela soma das letras de certo alfabeto para expressar uma verdade conhecida pelos leitores.
Os povos antigos não usavam o sistema arábico (o nosso) para expressar os números, mas sim, as próprias letras do alfabeto. Os romanos usavam apenas 7 letras. Também os judeus e os gregos atribuíam números às letras de seus respectivos alfabetos, mas de forma muito mais ampla que os romanos, já que toda letra (grega ou hebraica) possuía um certo valor. Alfabeto Grego: Alfa = 1; Beta = 2; Gama = 3; Delta = 4; Epsilon = 5; Stigma = 6 (antiga letra grega que depois de certo tempo deixou de ser usada); Zeta = 7; Eta = 8; Teta = 9; Iota = 10; Kapa = 20; Lamba = 30; Mu = 40; Nu = 50; Xi = 60; Omicron = 70; Pi = 80; Ro = 100; Sigma = 200; Tau = 300; Upsilon = 400; Phi = 500; Chi = 600; Psi = 700 e Omega = 800. Alfabeto Hebraico: Alef = 1; Bet = 2; Guimel = 3; Dalet = 4; He = 5; Vau = 6; Zayin = 7; Chet = 8; Tet = 9; Yod = 10; Kaf = 20; Lamed = 30; Mem = 40; Num = 50; Sameq = 60; Ayin = 70; Pe = 80; Tsadi = 90; Kof = 100; Resh = 200; Shin = 300; Tau = 400.
São João era de origem hebraica e escreveu o Apocalipse em grego. Se fizermos a gematria da expressão grega "NVRN RSQ" (César Nero), usando o alfabeto hebraico, totalizaremos 666, pois: N(50)V(6)R(200)N(50) R(200)S(60)Q(100)=666.
As comunidades da Ásia Menor falavam o grego, mas conheciam os caracteres hebraicos. São João misturou aí os dois idiomas, ou seja, o grego e hebraico por esse fato. Se, acaso, o livro caísse nas mãos das autoridades romanas, que não conheciam o hebraico, não colocaria em risco seus leitores. Nero (†67) foi o primeiro grande perseguidor dos cristãos e, na época em que foi escrito o Apocalipse (anos 90), Domiciano voltava a perseguir os cristãos com mais força e crueldade. Era “um novo Nero”. Esta e outras evidências levaram aos estudiosos a interpretar que a Besta do Apocalipse era o próprio Imperador Romano, perseguidor dos cristãos.
O Ap 17,10-11 reafirma esta interpretação. Este versículo diz: "São também sete reis, dos quais cinco já caíram, um existe e o outro ainda não veio, mas quando vier deverá permanecer por pouco tempo. A Besta que existia e não existe mais é ela própria o oitavo e também um dos sete, mas caminha para a perdição". Os reis de que trata a citação são os imperadores romanos. Considerando, cronologicamente, os imperadores a partir da vinda de Cristo, até a época da redação do livro do Apocalipse: 5 já caíram - Augusto (31aC-14dC), Tibério (14-37dC), Calígula (37-41dC), Cláudio (41-54dC) e Nero (54-68dC); 1 existe – Vespasiano (69-79dC); e 1 que durará pouco – Tito (79-81dC: só 2 anos!); a besta é o oitavo – Domiciano (81-96dC).
E as duas bestas (Apocalipse, cap.13) quem são? A primeira besta, que sobe do mar (v. 1), é o próprio imperador de Roma, Domiciano (como foi explicado); o mar é o Mar Mediterrâneo, onde se localizava Roma, a capital do Império. Sua autoridade vem de Satanás (v. 2) e as palavras blasfêmicas que profere (v. 5) se referem ao culto de adoração ao imperador imposto por Domiciano a todos os povos do Império. A segunda besta, que sai da terra (v.11), classificada como "falso profeta" (Ap 16, 13; 19,20; 20,10), é a ideologia do culto imperial favorecido pelas religiões pagãs. A prostituta (caps. 16-17) significa a Roma pagã e idólatra (v. 9). Os reis das terras que se prostituíram com ela (v. 2) são os povos que adotaram o culto de adoração ao imperador.
De maneira figurada o 666 pode ser símbolo também de toda força, cultura, pessoa, que combata contra Deus e a sua santa Igreja. São João dizia, no séc. I, que o anti-Cristo já estava no mundo.
Disponível em http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=4016&id=


segunda-feira, 27 de junho de 2011

1ª Eucaristia

Olá nobres visitantes, Domingo dia 26, tivemos uma linda celebração em nossa Paróquia, 33 catequisandos receberam pela primeira o corpo e sangue de Jesus. Agradecemos aos catequistas que dedicam tempo à missão de catequizar e a coordenação de catequese pela belo trabalho que faz com amor e dedicação e ao Padre Zezinho que fez uma bonita celebração.














sexta-feira, 3 de junho de 2011

Missa da Coroação

Olá querid@s visitantes, nossa paróquia graças a Deus finalizou com chave de ouro o mês de maio com a missa de coroação de Nossa Senhora. Tivemos uma celebração bonita, participativa e uma bela noite de arraial para encerrar com muita alegria as 31 noites de alegria, confraternização e doações. Agradecemos a tod@s que de forma direta ou indireta colaboraram para as atividades realizadas durante o mês.














sábado, 28 de maio de 2011

A Igreja Católica e as imagens

Imagem de Destaque
Erroneamente se divulga que os católicos praticam a idolatria...

É verdade que algumas pessoas da Igreja Católica erraram nos quase dois mil anos de sua história. É de se esperar também que uma Igreja com 1 bilhão e meio de seguidores tenha mais erros que uma com 1 milhão de membros. Na verdade, somos santos e pecadores. Santos enquanto instituição e, pecadores enquanto membros.

No entanto, se tem uma coisa que erroneamente se divulga é que os católicos praticam a idolatria.

Idolatria, segundo o dicionário, quer dizer adorar ídolos.

A Igreja Católica Apostólica Romana sempre ensinou, com base Bíblica, que "Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás" (Dt 6,13). Não adoramos e nem devemos adorar qualquer coisa ou pessoa além do único e Supremo Deus Trino.

Se um médico erra não podemos culpar a medicina pelo seu erro. Da mesma forma, que se um advogado erra não é culpa da lei. Assim, se infelizmente muitos católicos, por ignorância, exageram no respeito às imagens a culpa não é da doutrina católica; que lembra que desde o Antigo Testamento o próprio Deus ordenou ou permitiu a instituição das imagens que conduziriam a salvação através do Verbo Encarnado, Jesus Cristo, como por exemplo a serpente de bronze (Nm 21,4-9; Sb 16,5-14; Jo3,14-15), a arca da Aliança e os querubins (Ex 25,10-22; 1Rs 6,23-28).

Os católicos sabem que imagens são simplesmente imagens, não tem poder em si mesmas, pois são somente sinais. Seria uma bobeira ao ir para praia ficar em frente à placa que diz "Praia a 10 km" como se tivesse chegado ao lugar desejado. Sabemos que semelhante a uma placa, as imagens somente indicam a verdadeira pessoa digna de admiração e louvor. Isto não quer dizer que as placas são desnecessárias porque apontam para o lugar certo.

Semelhante a isto é pegarmos uma foto de um ente querido e acharmos que esta foto é o próprio ente querido.

Se eu destruir a foto, evidentemente não destruo a pessoa da foto. Se eu pisar na foto, evidentemente não piso na pessoa representada na foto. Mas, como você se sentiria se pegassem uma foto de um ente querido seu e na sua frente cuspissem nela, a destruísse ou pisassem nela? Certamente não ficaríamos muito felizes.

Porque embora a foto não seja a pessoa, o gesto de destruí-la fere gravemente a nossa dignidade.

Ora, a mesma escritura que em Deuteronômio capitulo 4 proíbe imagens é a mesma escritura que mostra que Moisés, Salomão e outros cunharam ou talharam imagens. Teria Deus enlouquecido? Poderia a Bíblia contradizer-se?

Quando o povo no deserto foi picado por serpentes Deus manda Moisés cunhar um cajado de bronze (portanto uma imagem) com uma serpente e todo o que olhasse para este cajado seria curado. Ora, foi o cajado que curou as pessoas? Não, o cajado de serpente representava ao Senhor Jesus Cristo elevado na Cruz. É Ele que cura as pessoas e não a imagem da serpente.

"Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida." (Nm 21,9)

Tanto é que o povo começa adorar a imagem como se ela fosse a responsável pela cura e o Senhor manda Moisés destruí-la:

"Destruiu os lugares altos, quebrou as estelas e cortou os ídolos de pau asserás. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés tinha feito, porque os israelitas tinham até então queimado incenso diante dela. (Chamavam-na Nehustã)." (2 Rs 18,4)

Vemos então que o errado é a idolatria e não as imagens. Ou seja, o errado é o ato de idolatrar imagens e não fabricá-las!

"Guardai-vos, pois, de fabricar alguma imagem esculpida representando o que quer que seja, figura de homem ou de mulher, representação de algum animal que vive na terra ou de um pássaro que voa nos céus, ou de um réptil que se arrasta sobre a terra, ou de um peixe que vive nas águas, debaixo da terra. Quando levantares os olhos para o céu, e vires o sol, a lua, as estrelas, e todo o exército dos céus, guarda-te de te prostrar diante deles e de render um culto a esses astros, que o Senhor, teu Deus, deu como partilha a todos os povos que vivem debaixo do céu." (Dt 4,16-20)

Não esqueçamos que, na época, havia o politeísmo, ou seja, a crença em vários deuses. A proibição de Deus se refere ao culto de adoração a alguma imagem que fosse tratada como o próprio Deus. Como, por exemplo, o povo que faz um bezerro de ouro para adorá-lo no deserto como se fosse o próprio Deus.

"Tiraram todos os brincos de ouro que tinham nas orelhas e trouxeram-nos a Aarão, o qual, tomando-os em suas mãos, pôs o ouro em um molde e fez dele um bezerro de metal fundido. Então exclamaram: 'Eis, ó Israel, o teu Deus que te tirou do Egito'." (Ex 32, 3-4)

Veja que Salomão, o homem mais sábio que já existiu e existirá segundo o próprio Deus, também fez imagens de madeira:

"Fez no santuário dois querubins de pau de oliveira, que tinham dez côvados de altura. Cada uma das asas dos querubins tinha cinco côvados, o que fazia dez côvados da extremidade de uma asa à extremidade da outra. Revestiu também de ouro os querubins. Mandou esculpir em relevo em todas as paredes da casa, ao redor, no santuário como no templo, querubins, palmas e flores abertas. Nos dois batentes de pau de oliveira mandou esculpir querubins, palmas e flores desabrochadas, e cobriu-as de ouro; cobriu de ouro tanto os querubins como as palmas." (1 Rs 6,23-32)

Algumas coisas que a Igreja ensina sobre imagens:

"A imagem sacra, representa principalmente Cristo. Ela não pode representar o Deus invisível e incompreensível; é a encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova economia das imagens: 'Antigamente Deus, que não tem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora, que se mostrou na carne e viveu com os homens, posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus (...) Com o rosto descoberto, contemplados a glória do Senhor'". (São João Damasceno)

"O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento que proíbe ídolos. De fato 'a honra prestada a uma imagem é prestada na verdade a pessoa a ela representada'" (São Basílio).

"O culto da religião não se dirige as imagens em si mesmas como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem, enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é a imagem." (São Thomás de Aquino)

Daniel Godri Junior
artigos@cancaonova.com

09/01/2006 - 15h50
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=3761


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Arraial

Olá visitantes, em nossa Páróquia é tradição ter arraial durante todo o mês de maio. É um mês de muito trabalho e também de muita confraternização, pois assim como nas primeiras comunidades formadas por Jesus onde os discipulos trocavam e partilhavam tudo entre si, da mesma forma acontece em nosso arraial. As escolas, o comércio, os bancos e todos os orgãos fazem suas doações para ajudar a Igreja a se manter, o mais importante é que todo esse momento descontração acontece depois do momento de oração, a comunidade reza e partilha o pão. Toda a sociedade se reune no pátio da igreja e se confraterniza, crianças, jovens e adultos.







domingo, 24 de abril de 2011

Feliz Páscoa!

Olá querid@s catequistas e querid@s catequisand@s, desejamos uma FELIZ PÁSCOA para vocês e suas respectivas famílias e que Jesus possa renascer em nossos corações!

sábado, 9 de abril de 2011

O que é Semana Santa?

Semana Santa é o tempo em que se encerra o período da quaresma. Ela começa com o Domingo de Ramos, onde vamos reviver os 7 dias de tudo o que Jesus viveu: paixão, morte e ressurreição.
Essa Semana nos prepara para a Páscoa.
A Páscoa significa “passagem da morte para a vida”. Isso quer dizer que Jesus ressuscitou para nos dar a vida.
A Semana Santa é muito importante para nós que acreditamos em Jesus. O mais importante da Páscoa não é ganhar ovos de chocolate, mas saber que Jesus morreu na Cruz para nos salvar.
Vamos juntos rezar, pedindo a Deus Paizinho a graça de vivermos bem a Semana Santa?

Semana Santa:O mistério da nossa fé!

Iniciamos hoje a Semana Santa. Semana na qual celebramos a centralidade da nossa fé, que teve início na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, ou seja, a Paixão – subida de Jesus Cristo ao Monte Calvário, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo para a nossa salvação; para nos resgatar das mãos do demônio e nos transferir para o mundo da luz, para a liberdade dos filhos de Deus. Jesus morre na cruz para reconciliar o homem com Deus. É a semana da nossa reconciliação com Deus. É a semana da vitória da vida sobre a morte. Do pecado sobre a graça. Quando os fiéis são batizados, aplica-se a cada um deles os efeitos redentores da Morte e Ressurreição de Cristo. Por isso, o cristão católico convicto celebra com alegria a cada função litúrgica da Semana Santa, que começa hoje e termina na celebração do Tríduo Pascal e da Páscoa.

Assim recomenda a Santa Mãe Igreja que todos os seus filhos se confessem para que correndo com Cristo do pecado possam com Ele ressuscitar, na madrugada do Domingo da Páscoa, para a vida eterna.

O tempo da Quaresma se prolonga até a Quinta-feira da Semana Santa. A Missa Vespertina da Ceia do Senhor é a grande introdução ao Santo Tríduo Pascoal. E este [Tríduo Pascoal] tem início na Sexta-feira da Paixão, prossegue com o Sábado de Aleluia e chega ao ponto mais alto na Vigília Pascoal terminando com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.

O Evangelho proposto, neste primeiro dia, para a Semana Santa é o de Jesus que volta a Betânia seis dias antes da Páscoa, para manifestar Seu amor e carinho pelos amigos. Comove ver como o Senhor tem essa amizade, tão divina e tão humana, manifestada num convívio frequente. Nessa visita de Cristo a Lázaro, Maria e Marta, vejo-me também na condição de acolhê-Lo e de recebê-Lo em minha casa e vida. Jesus me vem visitar hoje e eu quero recebê-Lo com o coração aberto, alegre e agradecido por merecer Sua amizade e confiança, assim como sempre foi muito bem recebido por esses amigos de Betânia, em qualquer dia e a qualquer hora, com alegria e afeto. Como havia grande respeito, atenção e caridade entre eles, assim me comprometo a fazê-lo.

São milhares os que negam hospedagem para Cristo Jesus em seus corações, mas para o mundo e suas vaidades escancaram-nos; esses vivem com a alma cheia de vícios: a alma, sem a presença de seu Deus e dos anjos que nela se jubilavam, cobre-se com as trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de completa ignomínia.

“Ai da alma se lhe falta Cristo, que a cultive com diligência, para que possa germinar os bons frutos do Espírito! Deserta, coberta de espinhos e de abrolhos terminará por encontrar, em vez de frutos, a queimada. Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela não habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro das paixões, virará moradia dos vícios”, diz São Macário.

Era costume da hospitalidade do Oriente honrar um hóspede ilustre com água perfumada depois de se lavar. De forma que, mal se sentou Jesus, Maria tomou um frasco de alabastro que continha uma libra de perfume muito caro, de nardo puro. Aproximou-se por detrás do divã onde estava o Mestre recostado e ungiu os pés e secou-lhes com os seus cabelos: Trata-se de Maria Madalena que, pela segunda vez, unge o Corpo Santíssimo do Nosso Divino Salvador. O nardo era um perfume raríssimo, de grande valor, que ordinariamente se encerrava em pequenos vasos, de boca estreita e apertada. Quebrá-lo e derramar o conteúdo sobre a cabeça de alguém era, entre os antigos, sinal de grande honra e distinção.

Maria ofereceu o melhor para Cristo Jesus. Ela não ofereceu um perfume

barato, e sim, o melhor e o mais caro. E você? O que tem oferecido ao seu Senhor? Façamos também nós o mesmo; ofereçamos para Nosso Senhor aquilo que temos de melhor e mais precioso: o melhor cálice, a mais bela patena, o mais piedoso ostensório, os melhores paramentos, a nossa vida, tudo o que somos e temos. Pois, todo o luxo, majestade e beleza são poucos, perante a tamanha grandeza de Jesus, nosso Mestre.

Acolhendo o mistério redentor de Cristo e Sua Palavra, meditando os acontecimentos da nossa redenção, só poderemos crescer na alegria e na paz do Deus que nos ofertou a vida. Deixemos, pois, que o Espírito de Deus tome conta de nossa existência, para que sejamos conduzidos à eterna alegria da salvação e da ressurreição.

Acolhendo o mistério central da nossa fé desejo boa Semana Santa para você e a toda a sua família.

Pe. Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
http://blog.cancaonova.com/homilia/

sábado, 26 de março de 2011

Quaresma!

O que quer dizer Quaresma?

A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.

Na quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira (até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive - Diretório da Liturgia - CNBB) da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.

Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência.

Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.

Qual o significado destes 40 dias?

Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

O que os cristãos devem fazer no tempo de Quaresma?

A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma conseqüência da penitência.

Ainda é costume jejuar durante este tempo?

Sim, ainda é costume jejuar na Quaresma, ainda que ele seja válido em qualquer época do ano. A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função.

Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.

O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de alguém necessitado.

O que é a Campanha da Fraternidade?

O percurso da Quaresma é acompanhado pela realização da Campanha da Fraternidade – a maior campanha da solidariedade do mundo cristão. Cada ano é contemplado um tema urgente e necessário.

A Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que ajuda os cristãos e as pessoas de boa vontade a concretizarem, na prática, a transformação da sociedade a partir de um problema específico, que exige a participação de todos na sua solução. Ela tornou-se tão especial por provocar a renovação da vida da igreja e ao mesmo tempo resolver problemas reais.

Seus objetivos permanentes são: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor: exigência central do Evangelho. Renovar a consciência da responsabilidade de todos na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.

Os temas escolhidos são sempre aspectos da realidade sócio-econômico-política do país, marcada pela injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais altos de miséria. Os problemas que a Campanha visa ajudar a resolver, se encontram com a fraternidade ferida, e a fé, tem o compromisso de restabelecê-la. A partir do início dos encontros nacionais sobre a CF, em 1971, a escolha de seus temas vem tendo sempre mais ampla participação dos 16 Regionais da CNBB que recolhem sugestões das Dioceses e estas das paróquias e comunidades.

Como começou a Campanha da Fraternidade?

Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal-RN, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.

Este projeto se tornou nacional no dia 26 de dezembro de 1963, com uma resolução do Concílio Vaticano II, a maior e mais importante reunião da igreja católica. O projeto realizou-se pela primeira vez na quaresma de 1964. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os Bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.

Qual é a relação entre Campanha da Fraternidade e a Quaresma?

A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos, é a verdadeira penitência que Deus quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando a transformação das injustiças sociais.

Desta forma, a Campanha da Fraternidade é maneira que a Igreja no Brasil celebra a quaresma em preparação à Páscoa. Ela dá ao tempo quaresmal uma dimensão histórica, humana, encarnada e principalmente comprometida com as questões específicas de nosso povo, como atividade essencial ligada à Páscoa do Senhor.

Quais são os rituais e tradições associados com este tempo?

As celebrações têm início no Domingo de Ramos, ele significa a entrada triunfal de Jesus, o começo da Semana Santa. Os ramos simbolizam a vida do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para relembrar aquele momento.

Depois, celebra-se a Ceia do Senhor, realizada na quinta-feira santa, conhecida também como o lava pés. Ela celebra Jesus criando a eucaristia, a entrega de Jesus e portanto, o resgate dos pecadores.

Depois, vem a celebração da Sexta-feira da Paixão, também conhecida como sexta-feira santa, que celebra a morte do Senhor, às 15 horas. Na sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus.

No sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal, também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso, resultando as cinzas. O significado das cinzas é que do pó viemos e para o pó voltaremos, sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais se encerram no domingo, data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o Cristo vivo.

Fonte: CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Arquidiocese de São Paulo - Vicariato da Comunicação