ESCLARECIMENTOS
SOBRE ALGUNS PONTOS DA FÉ CATÓLICA
R:
Os católicos veneram Maria, porque Deus a escolheu para ser a Mãe
de seu Filho, Jesus. Nosso amor e veneração pela Mãe do Filho de
Deus encarnado já se encontram mencionados no Evangelho, quando ela
mesma diz: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc
1,48). Demonstramos nosso amor à Virgem Maria nas festas que a
Igreja celebra em seu louvor ou quando rezamos o Rosário,
contemplando Jesus com Maria. Mas também a cada dia, quando nos
dirigimos a ela pedindo seu auxílio, quando rezamos com amor a “Ave
Maria”, quando colocamos sob sua proteção materna nossa vida. Em
sua primeira parte, a oração da “Ave-Maria” tem fundamento
bíblico, pois contém as palavras do Evangelho de Lucas 1,28.42.
Adoramos
somente a Deus. A Maria dedicamos especial amor, a imitação, o
respeito e a confiança que seu próprio Filho, Jesus, lhe dedicou.
Ela é a criatura que está mais próxima do Senhor. Ela é a
primeira criatura plenamente glorificada, sinal concreto da eficácia
da salvação de Jesus Cristo na nossa humanidade. Venerar Maria
significa professar a nossa fé na poderosa realização da Páscoa
de Jesus Cristo em nós, criaturas e filhos. Interessa-se por nós,
ama-nos como a filhos queridos, pois o próprio Jesus nos confiou a
ela: “Mulher, eis o teu filho” (Jo 19,26). Temos especial carinho
por Maria, em obediência a Jesus e por fidelidade ao Evangelho:
“Filho, eis aí tua mãe” (Jo 19, 27). Por isso podemo-nos
dirigir a ela, confiando em sua intercessão materna em todas as
nossas necessidades.
Jesus
mesmo mostrou como lhe agradava a intercessão de Maria, quando for
ocasião das Bodas de Caná, a pedido de sua mãe, realizou o
primeiro sinal (cf. Jo 2,1-11). Quanto mais assemelhado a Cristo,
tanto mais os cristãos devem nutrir os sentimentos de veneração e
estima filial que Jesus nutria para com a sua mãe.
R:
A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, porque é
a Mãe do Filho Eterno de Deus feito homem. Os Evangelhos a denominam
como “a Mãe de Jesus” (Jo 2,1; 19,25). Desde antes do nascimento
de seu Filho, ela é chamada de “a Mãe do meu Senhor” (Lc 1,43).
Maria
não gerou Deus. Mas gerou e deu à luz Jesus, que é realmente o
Filho de Deus. Por isso ela pode ser chamada “Mãe de Deus”.
Falando assim, afirmamos nossa fé na divindade de Jesus, confessamos
que Jesus é um só ser, humano e divino, é o Filho de Deus que se
fez homem.
A
fórmula “Maria, Mãe de Deus” preserva uma das verdades mais
fundamentais da fé, a verdade da encarnação e a maneira como Deus
realizou a redenção do gênero humano. Como os Padres da Igreja
diziam, o Verbo de Deus se fez homem para que a humanidade fosse
divinizada.
3.
Jesus Cristo teve irmãos? Sua mãe teve outros filhos?
R:
Em sete textos do Novo Testamento são mencionados os “irmãos”
de Jesus (Mc 6,3; Mc 3,31-35; Jo 2,12; Jo 7,2-10; At 1,14; Gl 1,19; 1
Cor 9,5). Segundo Mc 6,3 chamavam-se Simão, Tiago, José e Judas. O
episódio da peregrinação aos doze anos, quando os pais não
deixariam o lar por quinze dias com filhos pequenos (Lc 2,41-42), e o
episódio da entrega da mãe a João na cruz seriam incompreensíveis
se Jesus tivesse outros irmãos em casa (Jo 19,26s). O termo irmão
usado supõe um contexto lingüístico pobre de vocabulário: a
palavra aramaica “irmão” podia significar não somente os filhos
dos mesmos genitores, mas os primos ou parentes mais distantes. Com
efeito, Tiago e José, “irmãos de Jesus” (Mt 13,55), são filhos
de outra Maria, discípula de Jesus (Mt 28,1). Trata-se de parentes
próximos de Jesus, chamados de irmãos, consoante uma expressão
conhecida do Antigo Testamento (Gn 13,8; 14,16; 29,15). “O que foi
gerado nela vem do Espírito Santo”, diz o anjo a José acerca de
Maria, sua noiva (Mt 1,20). A Igreja sempre entendeu que essas
passagens não designam outros filhos da Virgem Maria. Cristo é o
Filho único de Maria, nela concebido pelo poder do Espírito Santo.
R:
Maria
foi escolhida de modo especialíssimo por Deus para cooperar em seu
plano de salvação do gênero humano. Foi chamada a ser a Mãe do
Redentor e respondeu a este apelo com seu “sim” (cf. Lc 1,38). O
Evangelho nos mostra como ela está presente junto a este Jesus,
indicando-lhe a ocasião para que Ele fizesse seu primeiro milagre,
nas bodas de Caná. Por este milagre, seus discípulos chegaram à fé
em Jesus (cf. Jo 2,11). Mas foi na cruz que Maria recebeu a missão
de ser mãe dos discípulos de Jesus, mãe da Igreja (cf. Jo 19,26).
Por isso ela ficou junto aos discípulos, rezando com eles na espera
de Pentecostes (cf. At 1,14). Esta sua missão não passou. Até a
segunda vinda de Cristo, a consumação do Reino de Deus, Maria
continua realizando seu papel de mãe amorosa para com toda a Igreja
e cada um de seus filhos.
R:
A
palavra senhor,
na linguagem cotidiana, é usada como um tratamento respeitoso, dado
a algumas pessoas, pais, professores, autoridades... dentre outras.
Na
Idade Média, São Bernardo, vendo como cada “senhor” apresentava
sua “senhora”, lembrou que Jesus nos deu uma “Senhora” para
amparar a todos. Desde então Maria é chamada de “Nossa Senhora”.
Trata-se de um título da devoção popular.
A
Mãe de Jesus, com toda certeza, merece esse respeito e, por isso, a
designamos comumente como Senhora, sem qualquer conotação com o
sentido especificamente bíblico do termo Senhor. Na Sagrada
Escritura, este termo é carregado de um sentido muito maior. Senhor
é o nome próprio para designar a divindade do Deus de Israel, desde
que se revelou a Moisés como Iahveh,
“aquele que é”, traduzido na versão grega dos livros do Antigo
Testamento por Kyrios,
“Senhor”. No Novo Testamento, a palavra Senhor é utilizada neste
sentido mais forte. Jesus é chamado de Senhor por aqueles que dele
se aproximam com respeito e confiança no seu poder de ajuda e cura.
Nos encontros com Jesus Ressuscitado, o termo Senhor aparece como
expressão de adoração: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20,28).
Jesus é “de condição divina” (Fl 2,6), o Senhor, digno do
mesmo poder, honra e glória devidos ao Pai. Ele é o Senhor da vida
e da história, por quem a Igreja clama: “Amém, vem Senhor Jesus!”
(Ap 22,20). O nome Senhor indica, portanto, a soberania divina. Quem
confessa ou invoca Jesus como Senhor demonstra que crê na sua
divindade. “Ninguém pode dizer ‘Jesus é Senhor’ a não ser no
Espírito Santo” (1 Cor 12,3).
Hoje,
os cristãos necessitam conhecer os dogmas marianos. A formação
mariana requer o estudo dos dogmas marianos, tanto em seu conteúdo,
como também em seu significado na vida cristã.
Os dogmas marianos foram conquistas históricas e teológicas do cristianismo. Fazem parte do patrimônio e da doutrina da Igreja. Brotaram do senso sobrenatural dos fiéis. Foram formulados pela Igreja. “O dogma nasce na Igreja, que acolhe a Palavra de Deus, aprofunda e evolui na compreensão do dado revelado” (padre Leomar Antônio Brustolin, teólogo mariano). Os dogmas marianos manifestam a importância que a Igreja dá a Maria, a Mãe de Jesus Cristo. “Os dogmas marianos glorificam Maria. Ela é exaltada precisamente em sua insignificância e simplicidade, e é por intermédio dos insignificantes, dos pobres — como Maria e os que ela declara libertados — que o Reino se torna realidade entre nós. São dogmas marianos Assunção de Maria- O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial. Imaculada Conceição- O Dogma da Imaculada Conceição estabelece que Maria foi concebida sem mancha de pecado original. O dogma foi proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, na Bula Ineffabilis Deus. Virgindade perpétua- O Dogma da Perpétua Virgindade se refere a que Maria foi Virgem antes, durante e perpétuamente depois do parto.
Mãe de Deus- O dogma da Maternidade Divina se refere a que a Virgem Maria é verdadeira Mãe de Deus. Foi solenemente definido pelo Concílio de Éfeso (431 d.C.).
Os dogmas marianos foram conquistas históricas e teológicas do cristianismo. Fazem parte do patrimônio e da doutrina da Igreja. Brotaram do senso sobrenatural dos fiéis. Foram formulados pela Igreja. “O dogma nasce na Igreja, que acolhe a Palavra de Deus, aprofunda e evolui na compreensão do dado revelado” (padre Leomar Antônio Brustolin, teólogo mariano). Os dogmas marianos manifestam a importância que a Igreja dá a Maria, a Mãe de Jesus Cristo. “Os dogmas marianos glorificam Maria. Ela é exaltada precisamente em sua insignificância e simplicidade, e é por intermédio dos insignificantes, dos pobres — como Maria e os que ela declara libertados — que o Reino se torna realidade entre nós. São dogmas marianos Assunção de Maria- O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial. Imaculada Conceição- O Dogma da Imaculada Conceição estabelece que Maria foi concebida sem mancha de pecado original. O dogma foi proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, na Bula Ineffabilis Deus. Virgindade perpétua- O Dogma da Perpétua Virgindade se refere a que Maria foi Virgem antes, durante e perpétuamente depois do parto.
Mãe de Deus- O dogma da Maternidade Divina se refere a que a Virgem Maria é verdadeira Mãe de Deus. Foi solenemente definido pelo Concílio de Éfeso (431 d.C.).
6-O
que entendemos por Devoções Marianas ?
Diz-se
que são de devoção
mariana
todos os cultos religiosos cristãos em que, ao louvar-se Maria
Santíssima,
Mãe
de Deus
(sob diferentes nomes), busca-se adorar a Deus
em Seu Filho,
em Jesus
Cristo,
pelo Espírito
Santo.
A
basílica
de Nossa Senhora Aparecida
é o maior santuário mariano do mundo, mas locais como Fátima,
em Portugal,
Lourdes,
na França,
e Guadalupe,
no México,
são igualmente importantes santuários marianos que recebem todos os
anos importante quantidade de devotos e devotas vindos do mundo todo.
No Brasil,
deve ser registrada também a festa do Círio
de Nossa Senhora de Nazaré,
em Belém
do Pará.
Os
principais santuários marianos
Haverá
algum país no mundo que não tenha pelo menos um santuário dedicado
à Virgem Maria? Sim, Maria está, de facto, presente em todo o
mundo, em todos os continentes, ainda que alguns dos principais
lugares de devoção mariana sejam hoje, pelo seu esplendor,
santuários internacionalmente conhecidos e frequentados por milhões
de peregrinos todos os anos. É o caso, por exemplo, de Nossa Senhora
de Guadalupe, no México, de Nossa Senhora da Aparecida, no Brasil,
ou de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, ou de Nossa Senhora de
Czestochowa, na Polónia, de Nossa Senhora do Loreto, em Itália,
Nossa Senhora de Vladimir, em Moscovo, de Nossa Senhora de
Velankanni, na Índia, de Lavang, no Vietname, de Akita, no Japão,
de Nossa Senhora da Paz em Yamoussoukro, na Costa do Marfim, de Nossa
Senhora de África, na Algéria ou de Nossa Senhora de Altötting, na
Alemanha, de Walsingham, em Inglaterra, de Lourdes, em França e de
muitos outros onde se juntam multidões em peregrinações para
louvar e rezar a Maria, a Virgem do Rosário e de qualquer
intercessão...
Tudo
começou, claro está, há dois mil anos, em Nazaré da Galileia,
pequena aldeia da Terra Santa onde Maria recebeu a visita do Anjo
Gabriel, na Anunciação. Hoje, eleva-se uma grande basílica em
Nazaré, exactamente no local onde a Virgem pronunciou o “sim”
que lhe permitiu ser a Mãe do Messias anunciado às nações, o
Cristo Jesus. Nazaré é o primeiro santuário mariano, o santuário
universal.
O
ROSÁRIO É A PALAVRA DE DEUS
Havia
uma senhora muito simples, que vendia verduras na vizinhança. Certo
dia, Tia Teca, conhecida por todos, foi vender suas verduras na casa
de um senhor e lá perdeu o Rosário. Passados alguns dias, Tia Teca
retornou à casa dele. Esse
veio logo zombar:
Você
perdeu seu Deus? Ela, humildemente, respondeu: - Eu ? Perder o meu
Deus? Nunca! Então ele pegou o Rosário e disse: - Não é este o
seu Deus? - Graças a Deus, o senhor encontrou o meu Rosário. Muito
obrigada! - Por que você não troca este cordão com estas
sementinhas pela Bíblia? - Por que a Bíblia eu não sei ler, mas
com o Rosário eu medito toda a Palavra de Deus e guardo-a no meu
coração. Ele
perguntou:
Medita a Palavra de Deus? Como assim? Poderia me explicar? - Posso
sim. - Respondeu Tia Teca, mostrando o Rosário. - Quando eu pego na
Cruz, lembro-me
que o Filho de Deus, pregado na cruz,
derramou todo o seu sangue para salvar a humanidade. Este primeiro
grão me lembra que há um só Deus Onipotente. Os
três seguintes me lembram as três pessoas da Santíssima Trindade:
Pai,
Filho e Espírito Santo. O
quinto grão me faz lembrar a oração que o Senhor mesmo nos
ensinou, o
Pai-nosso. -
É, nisso você tem razão. – Disse o senhor. – Mas a Bíblia não
é só isso! - Certamente que não. Mas
lembre-se de que o Rosário tem quatro séries de mistérios, já
que, no ano passado, João Paulo II acrescentou mais uma série,
chamando-os:
“mistérios luminosos”. Eles dão especial relevo à vida de
Jesus entre o povo. Já os mistérios gozosos refletem sobre a
chegada e a infância de Jesus; os dolorosos sobre a paixão e morte
na cruz; os gloriosos nos levam a refletir sobre a ressurreição e
ascensão de Jesus e a coroação de Maria. Cada quarto do Rosário,
que possui cinco mistérios, me faz lembrar as Cinco Chagas de N. S.
Jesus Cristo, cravado na cruz. - E veja bem, cada mistério tem dez
Ave-Marias, que recordam os Dez mandamentos que Deus mesmo escreveu
nas Tábuas da Lei que entregou a Moisés. - Diga-me agora, meu
amigo: onde está a idolatria?
Ele,
depois de ouvir tudo isso, disse: -
Eu
não sabia disso. Ensina-me a rezar o rosário!
Paróquia
Nossa Senhora da Conceição- Catequese com Adultos
6.
Que significa ser santo?
R:
No Evangelho de São Mateus (5,48), encontramos estas palavras de
Jesus: “Sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito”.
Deus é o único santo (Lv 19,2). Pelo Batismo, recebemos a graça de
Deus. A Santíssima Trindade vem habitar em nós. Somos templos de
Deus e queremos conservar sempre Deus em nós e abrirmo-nos sempre
mais a Ele, deixando que sua graça nos transforme (2Cor 6,16). Vamos
assim nos assemelhando cada vez mais ao Deus Santo. Isto é
certamente fruto de nosso esforço, mas é, sobretudo, dom de sua
graça.
Deus
é amor. Ser santo é, portanto, viver o amor puro a Deus e aos
irmãos. Jesus mesmo falou que os “benditos de seu Pai” são
aqueles que, por causa dele, fazem o bem a todos os que necessitam
(cf. Mt 25,34-40). O martírio constitui o cume da santidade, porque
faz do cristão um seguidor de Jesus Cristo, até o ponto de poder
dizer como o Apóstolo Paulo: “Sede meus imitadores como eu o sou
de Cristo” (1Cor 11,1). Santos são, portanto, todos aqueles que
viveram o Evangelho e se encontram na casa do Pai.
R:
Canonização é a sentença definitiva pela qual a Igreja declara
que alguém participa da glória celeste e prescreve que lhe seja
prestada veneração pública. Uma pessoa não é santa porque a
Igreja a canoniza, mas a Igreja a canoniza porque ela é santa. A
Igreja, pelo magistério solene e universal do Papa, reconhece a
santidade dos nossos irmãos.
Desde
os primeiros tempos a Igreja cultuava os mártires e os confessores
da fé. O heroísmo da fé, o ardor da caridade e das outras virtudes
dos amigos de Deus, reconhecidos pelas pessoas que conviviam com
eles, ocasionavam a proclamação espontânea da santidade destes
cristãos. Registravam-se bispos, monges missionários, os fundadores
de conventos e mosteiros, pais e mães de família, jovens etc. Até
o séc. VI bastava o reconhecimento da comunidade cristã para que se
desse início ao culto. Com o tempo a Igreja exigiu um procedimento
mais detalhado e a canonização passou a ser feita pelo papa.
Com
a canonização de alguém, a Igreja nos propõe exemplos de vida e
mostra de modo vivo que todos nós somos chamados a corresponder
plenamente ao chamado de Deus de sermos como Ele é (cf. Mt 5,48). Os
santos são discípulos exemplares de Jesus Cristo e ajudam os seus
irmãos a conhecerem os caminhos do Evangelho e da imitação de
Jesus Cristo. Mostra ainda que participamos de uma Comunidade, a
Igreja, que, apesar de tantas falhas de seus filhos, tem em seu seio
verdadeiros heróis da fé e do amor, pessoas como nós que hoje, na
glória de Deus, intercedem por nós.
R:
Cristo é a cabeça de um Corpo que é a Igreja, cujos membros são
todos os cristãos. Existe, então, entre a Cabeça e o Corpo uma
comunhão de vida e de interesses entre Cristo e os cristãos, assim
como os cristãos entre si. Os santos são membros do Corpo Místico
de Cristo nos quais a Redenção alcançou a plenitude dos seus
frutos. Terminada a peregrinação terrestre, plenamente
compenetrados pelo amor de Cristo e configurados n’Ele, os santos
gozam atualmente da visão de Deus face a face. Conscientes desta
verdade, os cristãos, desde os primeiros séculos, entendendo que
esta nova situação não cancela a comunhão e a solidariedade,
começaram a venerar santos como intercessores em favor daqueles que
ainda peregrinam pelas estradas deste mundo, entre as suas
vicissitudes.
Na
perfeição dos santos, os cristãos, em primeiro lugar, adoram,
louvam e bendizem a obra do Criador e Redentor, a expressão perfeita
de sua sabedoria e vitória. Segundo, invocando a bondade de Deus e
de suas obras, o culto dos santos desperta nos que estão em estado
de peregrinação o desejo de chegarem também eles à Jerusalém
celeste, onde se encontram os bem-aventurados. A intercessão dos
justos, sobretudo, dos que alcançaram a plenitude, sendo agradável
a Deus (cf. Gn 18,22-32), pode obter as graças espirituais e
materiais para aqueles que necessitam conseguir a plenitude da
Redenção (cf. Rm 8,29). Trata-se de uma comunhão em que, os
santos, em virtude de sua caridade, não podem deixar de orar por
quem não “está ainda na Pátria, mas a caminho”.
A
intercessão dos santos não tem a função de informar Deus de
necessidades que lhe são ignoradas, mas, sobretudo, de fazer com que
os fiéis possam compreender e corresponder mais plenamente ao plano
e à vontade de Deus.
R:
Todos nós que vivemos na graça de Deus estamos em comunhão com
Deus. Somos ramos vivos da videira (cf. Jo 15,5), membros vivos do
Corpo de Cristo. Por isso, estamos unidos também entre nós, numa
ligação invisível, mas real (cf. Rm 12,4-5). É uma comunhão no
amor. Por isso eu posso rezar por alguém ou pedir que alguém reze,
interceda por mim: porque estou ligado a Cristo e, n’Ele, ao meu
irmão. Da mesma forma, posso pedir a um santo canonizado que
interceda por mim junto ao Senhor. Gozando da intimidade com Deus,
certamente ele intercederá por minhas intenções, para que o reino
de Deus se realize (cf. Mt 6,33).
10.
Como entender a doutrina das indulgências?
R:
A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão
estritamente ligadas aos efeitos do Sacramento da Penitência (CIC,
1471). “Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena
temporal devida aos pecados já perdoados, quanto à culpa, que o
fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas circunstâncias,
alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção,
distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de
Cristo e dos santos. A indulgência é parcial ou plenária, conforme
libera total ou parcialmente da pena devida pelos pecados” (Paulo
VI, Indulgentiarum
doctrina,
normas 1-3.). “Qualquer fiel pode alcançar indulgências parciais
ou plenárias para si mesmo ou aplicá-las aos defuntos como
sufrágio” (cân. 994). As indulgências existem porque o pecado
tem uma dupla conseqüência: o pecado grave priva-nos da comunhão
com Deus e, conseqüentemente, nos torna incapazes da vida eterna;
esta privação se chama pena eterna do pecado. Por outro lado, todo
pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que
exige purificação, quer nesta vida, quer depois da morte, no estado
chamado purgatório. A purificação liberta da chamada pena temporal
do pecado, que permanece mesmo após a confissão sacramental e o
perdão. Obras de misericórdia, a caridade, orações e práticas de
penitência podem produzir a graça da indulgência parcial ou total.
Ao conferir as indulgências, a Igreja, que recebeu de Cristo o poder
de ligar e desligar, intervem a favor dos cristãos, abrindo-lhes os
tesouros dos méritos de Cristo e dos santos, para obter do Pai a
remissão das penas temporais devidas aos pecados.
R:
Cristo assumiu um verdadeiro corpo humano, por meio do qual Deus
invisível se tornou visível. Por essa razão, Cristo pode ser
representado e venerado nas santas imagens.
O
que Deus no Antigo Testamento proíbe é fazer imagens para serem
adoradas como deuses (Ex 20,4). Mas não proíbe fazer outras imagens
(Ex 25,18-20; Num 21,8-9; 1 Rs 6,23-35 e 7,29). A bíblia mesma diz
que Deus fez o homem e a mulher “à sua imagem e semelhança” (Gn
1,26-27).
A
imagem faz parte da linguagem humana, é a representação de alguma
pessoa, coisa, idéia. Assim, o desenho de uma flor, as fotos de uma
pessoa e a pintura de uma paisagem são imagens.
A
imagem de Cristo é o ícone por excelência. As outras que
representam Nossa Senhora e os santos, significam Cristo, que nelas é
glorificado. Proclamam a mesma mensagem evangélica que a Sagrada
Escritura transmite mediante a palavra e ajudam a despertar e a
nutrir a fé dos crentes.
A
Tradição cristã reconheceu reiteradamente o valor pedagógico e
psicológico das imagens como suportes para a catequese, a oração e
a evangelização. Numa época das imagens, como a que vivemos, o uso
das imagens cristãs pode ser uma grande contribuição para a
evangelização. Mas é claro que o católico não adora a imagem, e
sim, venera aquele que é representado por ela, e adora somente a
Deus.
R:
A Bíblia não se refere explicitamente ao Batismo de Crianças, mas
narra que vários personagens pagãos professaram a fé cristã e se
fizeram batizar “com toda a sua casa”: Cornélio, o centurião
romano (At 10,1s.24.44.47s), a negociante Lídia de Filipos (at
16,14s), o carcereiro de Filipos (At 16,31-33), Crispo de Corinto (At
18,8), a família de Estéfanas (1 Cor 1,16). A expressão “casa”
designava o chefe de família com todos os seus domésticos,
inclusive as crianças (que, certamente, não faltavam, naqueles
tempos). Portanto, indiretamente, as Escrituras sugerem o Batismo de
crianças. Desde os primeiros séculos existem testemunhos diretos a
respeito do Batismo de crianças. Santo Agostinho, no século IV,
considerou inclusive como tradição recebida dos apóstolos.
Recorrendo à Sagrada Escritura e à Tradição, os Papas e Concílios
intervieram, muitas vezes, para recordar aos cristãos o dever de
batizar os filhos pequeninos. Os pais, quando pedem o batismo de seus
filhos, desejam para eles a vida eterna, verdadeira e feliz, mas não
podem garantir este dom durante todo o tempo futuro e desconhecido.
Por isso, querem inserir seus filhos na vida divina. E o fazem por
meio do Batismo. E desta forma se tornam os primeiros responsáveis
pela educação da fé de seus filhos e afilhados.
13.
Se a Bíblia diz: “Quem pode perdoar os pecados senão só Deus”?
(Mc 2,7), por que confessar-se com o padre?
R:
Jesus no Evangelho, confiou o ministério da remissão dos pecados
aos seus discípulos. Antes da Paixão, prometeu a Pedro (Mt 16,19) e
aos outros apóstolos (Mt 18,18) o poder de ligar e desligar na terra
e no céu. Depois da ressurreição, confiou aos onze a faculdade de
perdoar ou reter os pecados (Jo 20,21-23). Com o poder das chaves,
entregou aos seus ministros a incumbência de ouvir a confissão
sacramental dos pecadores, habilitando-os, ao mesmo tempo, a absolver
ou repreender em seu nome. Segue-se, então, que a confissão aos
bispos e aos sacerdotes foi atestada pelos documentos já na antiga
literatura cristã. Além disso, deve-se considerar que o pecado não
é somente um ato que atinge a Deus e ao mesmo pecador; tem profundas
conseqüências para as outras pessoas, para a comunidade dos irmãos.
Compreende-se, então, que a remissão outorgada por Deus passe
através dos ministros da Igreja, enquanto representantes da comunhão
dos santos e o próprio Deus.
R:
“Radicada
na doação pessoal e total dos cônjuges e exigida pelo bem dos
filhos, a indissolubilidade do matrimônio encontra a sua verdade
última no desígnio que Deus manifestou na revelação: Ele quer e
concede a indissolubilidade matrimonial como fruto, sinal e exigência
do amor absolutamente fiel que Deus Pai manifesta pelo homem e que
Cristo vive para com a Igreja” (FC 20). Em alguns textos o Novo
Testamento trata da indissolubilidade do matrimônio (Mc 10,11s; Lc
16,18; 1 Cor 7,10s; Mt 5,31s; Mt 19,6). Trata-se de uma
indissolubilidade objetiva, derivada do projeto salvífico de Deus e
de sua ordem de valores, independente da subjetividade dos
contraentes; quem contrai o matrimônio cristão deve sabê-lo de
antemão. Jesus assim o diz: “O que Deus uniu o homem não o deve
separar” (Mt 19,6); então, por sua índole mesma, o matrimônio é
indissolúvel.
A
Tradição Cristã, desde os primeiros séculos, apresentou diversas
vozes importantes (Tertuliano, Clemente de Alexandria Orígenes,
Ambrósio e Agostinho como exemplos) favoráveis à indissolubilidade
do matrimônio religioso validamente contraído. No decorrer dos
séculos, a doutrina da indissolubilidade foi sempre reafirmada pelos
concílios e pelas declarações pontifícias.
R.
O Papa é o sucessor do apóstolo Pedro, o bispo de Roma que Jesus
constitui como “perpétuo e visível fundamento da unidade” (LG
23). Como sucessor de Pedro, o Papa conduz a Igreja de Cristo, o
Filho do Deus vivo (Mt 16,16). Sua autoridade é expressão do amor a
serviço da unidade. Na expressão de Gregório Magno, ele é o
“Servo dos Servos de Deus”. O Papa é o pastor de toda a Igreja.
O Senhor confiou a Pedro todo o rebanho (Jo 21,15-17). Na cidade de
Roma, Pedro desempenhou o seu ministério e foi martirizado. Assim o
Papa, com os bispos unidos a ele, conserva o testemunho do martírio
de Pedro e também de Paulo, sendo o sinal visível da unidade da
Igreja. Sua presença expressa e significa a continuidade da Palavra
de Cristo e da doutrina dos Apóstolos na Igreja, a segurança da fé,
da esperança e da caridade. O Papa tem a missão de confirmar toda a
Igreja na fé, continuando a mesma tarefa que Cristo deu a Pedro: “Eu
roguei por ti para que a tua fé não desfaleça; e tu, por tua vez,
confirma os teus irmãos” (Lc 22,32). O Papa, com os bispos unidos
a ele, tem a missão de conservar a Igreja fiel ao Evangelho e ao
testemunho dos apóstolos.
Todo
católico, além de conhecer e viver a Palavra de Deus, de dar
testemunho da sua fé em Cristo, de participar da comunidade
eclesial, espaço de testemunho, de serviço, de diálogo e de
anúncio, ama e respeita o Papa e os Bispos como seus legítimos
pastores. Ora por eles e obedece às orientações da Igreja
Católica.
R:
O
católico não pode crer na reencarnação, a teoria segundo a qual a
alma, deixando o corpo após a morte, passaria para outro corpo. A
Bíblia ensina que cada pessoa tem uma só existência sobre a terra
e que, após essa vida, comparece diante de Deus para ser julgada.
Diz a Carta aos Hebreus (9,27): “Está estabelecido que os homens
morram uma só vez e, depois disso, o juízo.” De fato, Jesus e os
Apóstolos não pregaram a reencarnação e sim a ressurreição dos
mortos: “Vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros hão
de ouvir a voz do Filho do homem. Os que praticaram o bem irão para
a ressurreição da vida, e aqueles que praticaram o mal
ressuscitarão para serem condenados” (Jo 5, 28-29; 6,54; Mc 3,29;
9,43-48). Da mesma forma, os Apóstolos ensinaram que a ressurreição
de Cristo é garantia da nossa ressurreição (cf. 1Cor 15,12-19). A
Igreja nos convida a vigiar “constantemente, a fim de que,
terminando o único curso de nossa vida terrestre, possamos entrar
com Cristo para as bodas e mereçamos ser contados entre os
benditos!” (LG, 48).
R:
O
Purgatório é a purificação final dos eleitos que morreram na
graça e na amizade de Deus, mas que não alcançaram, ainda, a
santidade necessária para usufruir da alegria celestial. Esta
doutrina tem como ponto de referência vários textos da Sagrada
Escritura, a exemplo de 1 Cor 3,13-15, no qual São Paulo fala de
pecados leves que serão queimados pelo fogo: “... o fogo provará
o que vale, o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o
construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os
danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do
fogo”. Lemos, ainda em Pd 1,7, quando o Apóstolo nos fala sobre a
ressurreição e a esperança da salvação: “... para que a prova
a que é submetida a vossa fé (mais preciosa que o ouro perecível,
o qual, entretanto, não deixamos de provar ao fogo) redunde para
vosso louvor, para vossa honra e para vossa glória, quando Jesus
Cristo se manifestar”. A purificação final nada tem a ver com o
castigo dos condenados. Não podemos nos esquecer que Deus é rico em
misericórdia, mas também o justo juiz.
R:
A
Igreja de Deus foi prefigurada desde a criação do mundo. O Antigo
Testamento se refere às alianças de Deus com o justo Abel, com Noé
e com Abraão. Dessas alianças, voltadas para a adoração do
Criador e para a busca da salvação, nasceu verdadeira comunhão de
Deus com os seres humanos. A Igreja foi preparada na história do
antigo Israel e na antiga aliança. Segundo São Paulo, ela é
herdeira das promessas que Deus fez a Abraão (cf. Gl 3,15-19), pois
a descendência de Abraão não foi segundo a carne, mas segundo a
fé. Do antigo Israel, a Igreja recebeu as Escrituras do Antigo
Testamento. Mesmo o Novo Testamento originou-se, de certo modo, de
uma leitura cristológica do Antigo Testamento, pois Cristo é a
realização das promessas nele contidas. A Igreja foi fundada por
Cristo, através da pregação do Evangelho, o envio dos discípulos
em missão, sua paixão, morte e ressurreição e através do envio
do Espírito santificador sobre os apóstolos. O Concílio Vaticano
II, na Constituição sobre a Igreja chamada Lumen
Gentium,
fala de atos fundantes da Igreja, realizados pelo Senhor. Atos
fundantes da Igreja foram, por exemplo, a convocação dos Doze; a
instituição da Eucaristia; a Ressurreição de Jesus e a vinda do
Espírito Santo. A Igreja é a comunidade em que o Ressuscitado está
presente: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação
dos séculos” (Mt 28,20). Foi manifestada em Pentecostes: “Ide,
portanto, e ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19).
R:
Apesar
da divisão entre os cristãos, ao longo da história, a verdadeira
Igreja de Jesus Cristo não desapareceu, nem foi perdida: ela
subsiste na Igreja Católica. Esta possui todos os elementos de
eclesialidade que encontramos no Novo Testamento: a mesma fé, os
sete sacramentos, a sucessão do colégio apostólico, a dimensão
episcopal, a sucessão do ministério petrino exercido pelo papa, o
ministério da Palavra não só como anuncio, mas também como
magistério autêntico, isto é, como ensino normativo em nome de
Cristo. Em nenhum outro lugar se encontra, como na Igreja Católica,
a plenitude dos meios salvíficos queridos por Cristo.
R:
É
a aproximação, a cooperação entre os cristãos, a busca fraterna
da superação das divisões entre as diferentes Igrejas cristãs: os
católicos, os ortodoxos, os anglicanos e os protestantes, crentes e
evangélicos. O Concílio Vaticano II assim apresenta o movimento
ecumênico: “Dele participam os que invocam o Deus Trino e
confessam a Jesus como Salvador e Senhor, não só individualmente,
mas também reunidos em assembléias, onde ouviram o Evangelho e que
declaram, cada um, ser sua Igreja e a de Deus. Quase todos, porém,
embora diversamente, desejam uma Igreja de Deus una e visível, que
seja verdadeiramente universal e enviada ao mundo inteiro a fim de
que o mundo se converta ao Evangelho e assim seja salvo para a glória
de Deus” (Unitatis
Redintegratio
1).
R:
A
Bíblia ordena: “Lembra-te de santificar o dia de sábado” (Ex
20,8). Por que então os católicos guardam o domingo? A palavra
sábado
vem
do hebraico shabat
que
significa “descanso”. É dia de descanso em honra de Deus. Para
os cristãos, o dia sabático consagrado a Deus é o domingo. Em
Marcos 2,27-28, afirma Jesus: “O sábado foi feito para o homem e
não o homem para o sábado. Por isso, o Filho do Homem é Senhor
também do sábado.” Fatos relevantes da vida do Senhor e da Igreja
primitiva aconteceram no domingo, como, por exemplo, a Ressurreição
e Pentecostes. A Igreja primitiva reunia-se no primeiro dia da semana
(At 20,7; 1Cor 16,2). Em Apocalipse 1,10, São João Evangelista já
usa a nova denominação cristã, “domingo, dia do Senhor”, o dia
de sua ressurreição e da vinda do Espírito Santo à Igreja da Nova
e Eterna Aliança, como o atesta toda a tradição cristã (Mc 16,9 e
At 2,1). Por esta razão a Igreja Católica observa o domingo
como dia consagrado ao Senhor.
R:
Para nós católicos, a Bíblia não é a única fonte de fé. Além
da Bíblia, existem a tradição apostólica e o magistério da
Igreja. Tanto o Antigo como o Novo Testamento foram divulgados pela
tradição oral antes de serem escritos. O Novo Testamento somente
ficou completo no final do primeiro século. Sempre coube ao
Magistério da Igreja garantir a autenticidade dos textos bíblicos e
sua legítima interpretação.
R:
Quem recebe a comunhão eucarística deve estar em estado de graça,
pois a Eucaristia contém o próprio Cristo Senhor, que nela se
oferece e se recebe, mediante os sinais do pão e do vinho
consagrados. Pela Eucaristia, a Igreja continuamente vive e cresce. A
Eucaristia é o memorial da morte e da ressurreição do Senhor,
confiado à Igreja, pelo qual se perpetua, pelos séculos, o
sacrifício da cruz. Os fiéis têm em máxima honra a Eucaristia e,
por isso, buscam participar ativamente da celebração eucarística,
recebê-la muitas vezes, com a máxima devoção e prestar-lhe culto
de suprema adoração. A Eucaristia é a presença real de nosso
Senhor Jesus Cristo. A Eucaristia significa e realiza a unidade do
povo de Deus, é o ápice e a fonte de todo o culto e da vida cristã.
(Cf. cânones 897-898; SC 47; LG 11 e PO 5, entre outros documentos.)
Uma vez que Cristo mesmo está presente no Sacramento do altar também
depois da celebração da Missa, é preciso honrá-lo com um culto de
adoração. “A visita ao Santíssimo Sacramento é uma prova de
gratidão, um sinal de amor e um dever de adoração para com Cristo,
nosso Senhor” (Cf. CIC 1418.).
R:
As Sagradas Escrituras contêm a Palavra de Deus e, por serem
inspiradas, são verdadeiramente Palavra de Deus” (DV 24). A Igreja
venera como inspirados os 46 livros do Antigo (45, se considerarmos
Jeremias e Lamentações juntos) e os 27 livros do Novo Testamento. A
Bíblia Católica é completa, isto é, contém todos os livros que
formam o conjunto das Sagradas Escrituras. Esta lista completa é
denominada “Cânon” das Escrituras. Nas versões protestantes,
faltam os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc,
1 e 2 de Macabeus e partes dos livros de Ester e de Daniel. “A
interpretação da Escritura está sujeita, em última instância ao
juízo da Igreja, que exerce o divino mandato do guardar e
interpretar a Palavra de Deus” (DV 12,3).
Nenhum comentário:
Postar um comentário